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sexta-feira, 25 de março de 2016

As Travessuras de Tonhola - Piquenique no Cerrado

Tonhola certa vez pegou um resfriado muito forte. Dona Rica fez de tudo para o menino sarar, xarope de farmácia não adiantou, chás caseiros, fez o menino engolir gema de ovo de galinha; feche o olho, tampe o nariz e coloque a colher na boca, bem no fundo e engole de uma vez, ela dizia, e o moleque engolia as gemas inteiras, mas nada o fazia melhorar da tosse, da gripe até que ele melhorou, mas da tosse.

Uma vez Dona Rica ouvira de uma amiga, que tinha um dos filhos com problemas respiratórios, ela quase todas as semanas pegava a filharada, eram quatro além do que tinha problemas, organizava um piquenique para entusiasmá-los e saia bem de madrugada, antes do dia clarear para fazê-los caminhar respirando o ar da madrugada que era um santo remédio.

Pois Dona Rica organizou um piquenique. Falou com o filho Alfredo que deixou os netos Aramis e Aroldo dormirem na casa dela naquela noite. Preparou o Tonhola e saíram bem de madrugada com o céu ainda escuro caminhando até fora da cidade. Encontraram uma árvore frondosa e ali instalaram o piquenique. Dona Rica estendeu a toalha com a ajuda dos netos e colocou a cesta com os lanches no meio. Todos estavam muito alegres. A bronca por acordarem ainda de madrugada, foi passando ao longo da caminhada e o bom humor que o ar matinal provoca tomou conta de todos. Tudo no caminho lhes era motivo para piadas e risos. Tonhola nem se lembrava da tosse. Reunidos sobre a toalha esparramada na grama, com o orvalho protegido pela copa da árvore, saborearam o delicioso lanche que fora preparado na véspera com carinho.

Tonhola demorou alguns dias ainda para se curar de todo da tosse, mas aquele piquenique, ele nunca mais esqueceu.

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