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sexta-feira, 30 de maio de 2008

"...minha alegria, é ver o meu Vasco jogar, estou cansado de derrota mas não vou me entregar..." Pra quem não se lembra, isso aí é letra de samba gravado pelo também vascaíno Martinho da Vila. Mais uma vez o meu Vasco caiu numa decisão por penalidades máximas, e mais uma vez numa cobrança do craque Edmundo. Dessa vez até que não fiquei muito chateado porque foi para o Sport de Recife, o Leão do Norte, que fez por merecer ao passar para a final da Copa do Brasil pois já havia eliminado antes o Palmeiras e o Internacional. Agora torcerei para que eles vençam o Corinthians na final.

Dos times que eu torço, pela ordem: Vasco, São Paulo, Cruzeiro e Goiás, somente o Cruzeiro fez bonito no primeiro semestre vencendo o campeonato mineiro. Os outros todos dançaram. A mais triste das derrotas foi a do São Paulo para o Fluminensa na Taça Libertadores porque o São Paulo era mais time e menosprezou a capacidade de reação do Fluminense que conseguiu fazer um gol decisivo no finalzinho da partida. Os outros derrotados foram o Vasco nos dois turnos do campeonato carioca, o primeiro para o Flamengo e o segundo para o Fluminense e o Goiás que perdeu na final para o Itumbiara que conquistou o título goiano pela primeira vez, fez bonito e quando a derrota é assim, o gosto fica menos amargo.

E falar em futebol, de agora em diante, significa incluir também o "Bôa", aqui da minha Ituiutaba, o Ituiutaba Esporte que pela primeira vez ficou entre os semi-finalistas da competição e fez bonito num jogo histórico contra o Cruzeiro no mineirão empatando por 4x4. Agora é aguardar o início da Série C onde o time fez por merecer a vaga. O time tem o apelido de Bôa porque quando surgiu o nome dele era Boa Esperança, podem aguardar que daí certamente ainda virão muitas histórias.

Cena de Abertura

Dos poemas que publiquei no site Usina de Letras o mais lido até agora foi publicado na categoria Peça de Teatro e se chama Cena de Abertura. Poderia ter sido o da categoria Humor, ou Erótico, que são os mais procurados pelos leitores, mas a cena de abertura da peça de teatro saiu na frente. Ele estava entre os poemas do livro Alcaçuz e Anis e foi removido na seleção final. E aí está:



Cena de Abertura


Um pássaro voa na penumbra;
pedras caem sem o menor ruído,
e almas soltas flutuam desconexas.
Nenhum sorriso no vão das imagens.
Debaixo de uns panos brancos
sisudos olhos ali se abrem;
brilha solene o aspecto sombrio
que vibra no estado das coisas.
Mas, num segundo de estupefação,
um sinal distante se destaca,
e com atração quase metálica
tudo some rumo ao infinito.


Como a maioria dos poemas que escrevi, esse também saiu do nada. Com o olhar no vazio, uma caneta e um pedaço de papel na mão, o danado surgiu como uma borrada de tinta na parede.
Isso me fascina e até me assusta...
A sensação em saber que em algum leitor a simples leitura de um verso meu provocou nele uma resposta boa, é muito gratificante.
É isso!

domingo, 18 de maio de 2008

Riquezas da cultura popular

Algumas expressões populares que venho colecionando

1 à bangu
2 a caravana passa enquanto os cães ladram
3 a leite de gato
4 a toque de caixa
5 a torto e a direito
6 a três por dois
7 a ver navios
8 abotoar o paletó
9 abrir o bico
10 afogar o ganso
11 agarrar a ocasião pela calva
12 água mole em pedra dura tanto bate até que fura
13 amigo da onça
14 amolar o boi
15 andar aos esses
16 aos quatro ventos
17 aos trancos e barrancos
18 arrebentar o balão
19 as abóboras se ajeitam conforme o carro anda
20 baixar a lenha
21 baixar o sarrafo
22 bananeira que já deu cacho
23 bater a alcatra em terra ingrata
24 beco sem saída
25 besta fera
26 boca fechada não entra mosquito
27 bode tomando conta da horta
28 botar as manguinhas de fora
29 botar chifre em cabeça de égua
30 botar sal em carne podre
31 cada macaco no seu galho
32 cada panela tem sua tampa
33 cair no oco do mundo
34 capar de serrote
35 cará, quando terra boa acha, racha de dar
36 casa de ferreiro, espeto de pau
37 cateto longe da manada vira comida de onça
38 chamar a terreiro
39 chato de galochas
40 chutar o balde
41 chuva de desmamar negrinho
42 cobertor de orelhas
43 coisa do arco-da-velha
44 com a corda no pescoço
45 com a pulga atrás da orelha
46 com gosto de gás
47 com o coração na ponta da chuteira
48 comer bolas (suborno)
49 comer com a testa
50 comer o boi aos bifes
51 comer o mingau pela beirada
52 como sardinha em lata
53 consultar o travesseiro
54 conversa de bêbado
55 conversa pra boi dormir
56 cortar agulha
57 cortar tachinha
58 couro ruim é que chama ferrão de ponta
59 dar a volta por cima
60 dar com os burros n’água
61 dar dois dedos de prosa
62 dar linha na pipa
63 dar murro em ponta de faca
64 dar um pico
65 dar um tiro na praça
66 dar um tombo
67 dar uma chifrada
68 dar uma peitada
69 das tripas coração
70 de pequenino que se torce o pepino
71 de vento em popa
72 devagar se vai ao longe
73 dizer cobras e lagartos
74 dois bicudos não se beijam
75 dor de corno
76 dormir de touca
77 é chuva no molhado
78 é mole ou quer mais
79 em casa que falta pão todo mundo reclama e ninguém tem razão
80 em mangas de camisa
81 encher a cara
82 encher o fole (barriga)
83 encher o saco
84 enfeitar a testa
85 engolir sapos
86 estar com a macaca
87 estar de calundu
88 estar na pele
89 estar no vermelho
90 estar senhor de si
91 estou cá com os meus botões
92 farinha do mesmo saco
93 favas contadas
94 fazer suar o topete
95 fazer tempestade em copo d’água
96 fazer um bico
97 fazer um biscate
98 fazer um serviço
99 fechar o tempo
100 ficar para semente
101 gastar cera com defunto
102 golpe do baú
103 ir às favas
104 ir direto ao dono dos porcos
105 ir no folha
106 levar com a barriga
107 manteiga derretida
108 matar a cobra e mostrar o pau
109 matar cachorro a grito
110 matar dois coelhos com uma paulada só
111 matar o tempo
112 meter a viola no saco
113 meter um caco
114 montado na ema
115 muito peido é sinal de pouca bosta
116 na bacia das almas
117 na crista da onda
118 não bate bem da bola
119 não brincar em serviço
120 não é só triscando não
121 não existe curral sem porteira
122 não fede nem cheira
123 não ter nada com o peixe
124 não ter onde cair morto
125 não vale o feijão que come
126 nem que a vaca tussa
127 nem que chova canivetes
128 nem tudo que reluz é ouro
129 no peito e na raça
130 nunca mais arroz com couve
131 nunca ter visto mais gordo
132 o cavalo arriado só passa uma vez
133 o tiro saiu pela culatra
134 orelha seca
135 pagar o pato
136 passar manteiga em venta de gato
137 passar o carro na frente dos bois
138 pau que nasce torto morre torto
139 pé de valsa
140 pegar no batente
141 pegar touro pelos chifres
142 pentear macacos
143 perder o leme
144 pernas de pau
145 piar fino
146 pintar o caneco/ o sete
147 plantar batatas
148 plantar verde para colher maduro
149 por as barbas de molho
150 por cima da carne seca
151 pôr de sua algibeira
152 porco ruim é que acha batata rasa
153 pra chuchu
154 pra meter o bedelho
155 preso por ter cão e preso por não ter cão
156 puxar o saco
157 quanto maior a nau, maior a tormenta
158 que seriam dos riachos sem as pedras
159 quebrar a tigela
160 quem não gosta de barulho não carrega mais de uma cabaça
161 rasgar a seda
162 render que só mandioca de várzea
163 sabão em cabeça de burro velho não espuma
164 sai fora!
165 santo de pau oco
166 sarna pra se coçar
167 sem eira nem beira
168 sem tirar nem por
169 ser dono do seu nariz
170 ser tiro e queda
171 só ter de seu o dia e a noite
172 soltar os cachorros
173 subindo pelas paredes
174 tempo da onça
175 tempo das vacas gordas/magras
176 ter comido toicinho com mais cabelo
177 ter de seu
178 ter os dias contados
179 ter rabo de palha
180 ter santo forte
181 tirar a barriga da miséria
182 tirar de letra
183 tirar leite de vaca morta
184 tirar o cavalo da chuva
185 tirar o time de campo
186 tirar pica-pau do oco
187 tirar um sarro
188 toco de amarrar jegue
189 tomar tenência de
190 tomar um porre
191 tomar uma manta
192 tomar uma xumbrega
193 trocar os pés pelas mãos
194 um gosta do olho outro da remela
195 um tostão de prosa
196 urubu é preto em todo lugar
197 ver a viola em cacos
198 virar bicho
199 virar o feitiço contra o feiticeiro
200 vocês só vêem as pingas que tomo e não os tombos que levo
201 voz de taquara rachada
202 cavalo dado não se olha os dentes
203 galinha que acompanha pato morre afogada
204 passarinho que acompanha joão-de-barro vira servente
205 vão-se os anéis e os dedos ficam
206 depois da onça morta todo cachorro sobe em cima
207 boa romaria faz quem em casa fica em paz
208 não há cachorrinho tão adestrado que ao fim não o ouçamos latir
209 não é a qualidade do pano que evita as nódoas
210 se amas mais os sapatos que o caminho não vale a pena caminhar
211 árvore que dá frutos leva mais pedradas
212 no final tudo acaba bem, se não acabar é porque não chegou no final
213 a bola cai sempre que se faz malabarismo
214 só peixe morto vai a favor da correnteza
215 negócio quando é bom não bate na porta
216 chega de tosa de porco
217 quando dois elefantes brigam quem sai perdendo é a grama
218 todo penso é torto

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Em maio de 1999 publiquei meus primeiros versos pela internet. Foi no Jornal de Poesia, http://www.secrel.com.br/jpoesia/jjanuzzi.html

Alguns anos depois conheci o Usina de Letras e fiquei sócio do clube. Publiquei alguns textos em prosa lá também, além dos versos. O endereço é www.usinadeletras.com.br

Depois um leitor indicou-me o portal www.mesadoeditor.com.br

Coloquei lá o Alcaçuz e Anis.

A Editora Biblioteca24x7 o publicou.

O que me atraiu para aceitar o convite da Editora foi a forma revolucionária de publicação por demanda. Os livros podem ser impressos conforme forem sendo solicitados via internet em qualquer quantidade pelos leitores e a editora se encarrega de entregá-los. Além disso eles também podem ser alugados, por um valor bem menor que o de capa e o leitor tem acesso ao livro por um período de trinta dias na forma digital.

O endereço é www.biblioteca24x7.com.br. É só acessar na área poesias e visitar o livro Alcaçuz e Anis. Fácil.

Em breve o link estará aí do lado para facilitar o acesso ao amigo leitor.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Hoje de manhã, dei uma escapada no trabalho e fui ao Colégio Santa Tereza assistir a um jogo de futebol do meu filho. Só o sorriso que ele fez quando me viu já valeu a pena ter ido. Outras crianças ainda estavam jogando quando cheguei, assim, deu para assistir o jogo todo do meu filho dando meus palpites: cerca daqui, corra por ali, enche o pé, olhe lá no fundo, bela jogada, valeu. Meu filho jogou bem, não fez nenhum gol, mas fez algumas assistências de cabeça erguida que o fez se destacar entre os colegas. Perderam por 3 x 2. Sexta feira que vem tem mais e dessa vez na casa do adversário
Em 15 de março último, publiquei meu primero livro pela Editora Biblioteca24x7 com o pseudônimo José Januzzi: Alcaçuz e Anis

Alcaçuz e Anis

Meu nome é Marcos Barbosa Neves, sou casado com uma professora que se chama Dina e temos um filho, Pedro que está com 8 anos. Nasci em Ituiutaba, Minas Gerais, sou engenheiro civil e estudei em Goiânia na Escola de Engenharia da UFG Universidade Federal de Goiás.
Já trabalhei em quase a metade dos Estados brasileiros, desde que me formei em 25 de agosto de 1983. Ufa! Já se vão 25 anos.

Acabo de criar o meu blog.

Comecei a escrever pelo gosto a literatura aos quatorze anos. Sonetos. Nunca mais os fiz. O verso livre já havia se manifestado em mim. Já com as primeiras poesias decoradas na escola eu me divertia com o ritmo de Manuel Bandeira e a simplicidade de Carlos Drumond de Andrade.

O poder da síntese! Esse venho desenvolvendo com o tempo pois sou homem de poucas palavras.