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domingo, 29 de abril de 2012

Achei isso perdido.

Em comemoração pelo meu aniversário de 48 anos fomos a um restaurante comer pizza com alguns sobrinhos. Meus irmãos não foram. Entre os sobrinhos estava também a aniversariante Tailane no explendor dos seus vinte anos, ela nasceu no dia 08/08/88. Foi bom.

Estou me sentindo bem, passando por um período bom, só tenho muito trabalho e ainda não consegui formar a equipe de profissionais que gostaria para me auxiliar. Continuo firme no propósito de iniciar minha construtora Aroeira, só ainda não sei quando.

A vida é dura!

Dia desses numa fila de banco ouvi um senhor dizer que não queria saber de dinheiro ou outras riquezas porque a maior riqueza do mundo ele acabava de ter pois sua esposa havia dado à luz uma filha.
Recebeu cumprimentos.
Lembrei de um outro pai que há anos não vê o filho que se mudou para longe e pouco se falam.
Depois veio de imediato uma cena triste que assisti quando voltava para casa do trabalho e ao volante, num cruzamento de rua assisti um jovem dar um tremendo soco no rosto de uma senhora que parecia ser sua mãe pela idade e também pelos modos com os quais ela tentava conter a possessão que se do rapaz tomava. Que tamanha ira pode levar um jovem a esmurrar a própria mãe, ou a esfaquear a avó como saiu no jornal. Alguma realidade cruel está saindo fora do controle. Há alguns anos esse tipo de notícia era dada somente em grandes metrópoles e agora já estamos vendo tais notícias bem ali no bairro vizinho
Pensei cá com meus botões, ao ver a felicidade daquele pai de primeira viagem, que todos nós que temos filhos temos que pesar as possibilidades que a vida oferece de um dia um deles vir a ser vítima de escolher o caminho errado.
Todos estamos sujeitos a isso. A vida é dura!
Entendi, com a satisfação daquele pai, que a melhor maneira de se evitar isso é estar sempre ao lado dos nossos filhos, acompanhando o seu dia a dia, seu crescimento para o mundo, estando próximos, mas sem sufocá-los, sem tolher-lhes a liberdade de seguir sua própria vida pelo mundo, assim como escolhemos viver nossas próprias vidas quando saímos das barras das saias de nossos pais.

Tênis branco

No final do ano, levado pelas promoções, uma delas em qualquer calçado da loja o desconto era proporcional ao tamanho do pé do cliente. Caramba, pensei com meus botões, esse eu tenho que aproveitar, afinal, 43 por cento de desconto não é toda hora. Bati lá. Escolhe daqui, experimenta dali, uma verdadeira tentação. Mas em época de vacas magras, bom senso é sempre bem-vindo. Acabei ficando com um tênis de futsal branco. Gostei. Levei pra casa com cara de atleta, como se fosse sair dali jogando futebol todos os dias e com a aprovação da esposa e do filho que também me acompanhavam, cada um levou o seu calçado com descontos menores que o meu. Passados três meses, vi o tênis que ainda está na caixa guardado no armário. Noutros tempos ele teria sido estreado até no asfalto quente da rua.

Num domingo de outono

Hoje fiz minha caminhada matinal. O médico recomendou que eu a fizesse todos os dias. Hoje eu consegui. O tempo ajudou, amanheceu nublado e até agora está. Dia desses fui tirar uma fotografia para documentos. Renovação da carteira de habilitação. Emprestaram-me um paletó coletivo preto para sair bonito na foto, com mais cara de documento. Em poucos minutos a foto ficou pronta. Saí com um ar pálido, carregado, triste. Os cantos dos olhos caídos, tipo chapéu chinês. Cheguei em casa e caí na besteira de comparar a foto com a da habilitação antiga. Caraca! Onde terá ido meu sorriso? O que não nos provoca ficar anos e anos debaixo do arreio. Lembrei dos coitados dos diversos funcionários de obras que já contratei pela vida, muitos aparentam ser bem mais velhos que a idade destacada nos documentos. A dor da lida. O envelhecimento precoce. Admiro meus pais, os dois já passaram dos setenta anos e aparentam bem menos a idade que têm, continuam firmes e fortes e ainda trabalham muito. O trabalho quando é feito com prazer rejuvenesce, deve ser isso. É com o exemplo deles que sigo firme pela vida, lutando, lutando muito, dando cabeçadas, levando tombos, levantando dos tombos e caindo de novo por acreditar nas pessoas erradas que o destino me põe pelo caminho. Mas, procurando manter o mesmo vigor de sempre. Só que o corpo sente. Daí vem o médico e manda caminhar e caminhar e caminhar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sérios assuntos

Ultimamente tenho escrito muito sobre sérios assuntos. Não nasci para isso. Meus temas preferidos são diversos e dispersos. Quanto menos importância tiver, melhor. Sabe aquela manada de gatos pretos que amanhecem à sua porta? Pois é! A gata da vizinha pariu uma porrada de gatinhos todos pretos e os danadinhos cresceram mas continuaram unidos e dia desses amanheceram todos à minha porta, isso quer dizer alguma coisa, parece que não, mas pode ser um sinal, sei lá de quê, mas parece um sinal, afinal, desde longa data ouço essa ladainha sobre os coitados dos gatos pretos, só que os da minha vizinha são bem meigos e dóceis, umas graças e amanheceram todos à minha porta, sei lá, estavam à minha espera, fiz sinal de bom dia, não se assustaram e segui meu rumo tentando desvendar aquele sinal. Outro assunto não menos sério: Minha família é muito grande, minha mãe teve dezessete irmãos, acreditem, conheci quinze deles, hoje, são onze, assim, sempre tivemos festas, muitas festas, festas enormes, inesquecíveis, a dos cinquenta anos de minha mãe foi uma delas, mas sempre tinha alguém ou algum engraçadinho que queria fazer um discurso ou alguma reza, a festa ficava chata, reza e cerveja não combinam e nem discursos, depois que os discursos e as rezas foram abolidos nossas festas ficaram mais divertidas e animadas, minha irmã que me perdoe, ela adora um discurso, se lhe derem um microfone, já era, meus tios que me perdoem, mas depois que todos os tios completaram cinquenta anos, como a sobrinhada era muita, difícil seria continuar a tradição da festa dos cinquenta para todos, e assim as festas passaram a se chamar "festa dos primos" e também se tornaram inesquecíveis, acabamos de realizar a terceira e já está definido o local da próxima, só falta firmar a data e eita povinho pra gostar de festas esses Gomes Barbosa, meu filho Pedro e o primo José Eduardo que o digam, eles são crianças e não perdem nenhuma, a tradição seguirá com laços fortes e se eu ainda tiver forças, um dia teremos, aqui em nossa Ituiutaba, um lugar fixo para nossas reuniões familiares. Por isso que poeta gosta de falar da lua de borboletas de rosas e de pássaros. Parecem coisas sem pé nem cabeça, sem importância, mas estão aí, para todos verem, embelezando o mundo e desde que o mundo é mundo essas belezas vêm sendo cantadas por todas as artes, para nosso deleite, nossa admiração e nossa esperança de que através da arte sempre a humanidade viverá em busca de um mundo cada vez melhor. Viu só! Acabei falando sério.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Gavetas

Sim, bate a saudade.
Um aperto forte nos comprime o peito
De onde será que vem tamanha dor?
De pronto procuramos nas gavetas do passado.
É sempre assim,
qualquer coisa que nos faz mal,
intuitivamente procuramos a causa
e muitas das vezes as gavetas,
sempre as gavetas,
teimam em esconder os motivos.
Quanto mais desarranjos nas gavetas,
mais motivos juntos para dores.
Nomes, fotos, bilhetes, números.
Dores de todos os tipos e cores.
E lá dor tem cor?
Não sei se tem cor
mas que algumas são bem escuras ah! isso são.
Até cabeludas elas chegam a ser.
Quem dera conseguíssemos organizar todas as nossas gavetas.
Tudo arrumadinho em seu devido lugar.
Alguns conseguem.
Lembro de um pintor do Século XIX
me faltou o nome,
que tinha doze ternos cinzas,
todos rigorosamente iguais... assim também não vale.
Imagino os adjetivos que não lhe deram.
Também, vá lá saber as dores que o afligiam.
Deixa estar.
Lembram do filme "Dormindo com o Inimigo"?
O sujeito tinha uma organização britânica no armário...
Ainda bem que as dores passam.
Os guardados nas gavetas podemos nos livrar deles.
Muitos deles.
Todos eles.
Os que não esquecemos não ocupam espaço físico...
Hoje, criamos gavetas nas nuvens.
Essas gavetas geralmente não limpamos, abandonamos.
Um perigo, porque elas não somem, estão sempre lá.
Cada vez mais acumulando quinquilharias.
Sabe-se lá onde isso vai dar.
Cada um que cuide das suas gavetas.
Mas cuidado, querido leitor, elas provocam dores.

sábado, 14 de abril de 2012

Quem duvida!

Vivo um sábado morno.
Em minha geladeira não há cerveja alguma, paciência.
Minhas cadelas aguardam quietas em seu canto pelo banho semanal que é de minha responsabilidade.
Há pouco percorri todas as páginas do jornal do dia, um vício antigo.
Hoje não tem futebol. É semana decisiva nos estaduais, os jogos serão todos ao mesmo tempo no domingo.
Semana que vem teremos uma festa em família. Pelo menos de dois em dois anos tentamos fazer uma. A família é grande, merece um encontro desses.
Tinha programado uma tarefa importante para esse final de semana, mas tive que abortá-la, levado por uma deficiência técnica no equipamento impressor.
Ontem foi sexta-feira treze... e nem passou.
Lá nos fundos, meu filho, improvisa uma ducha com dois colegas e faz uma algazarra irritante. Mas não reclamo, isso é coisa pra ranzinza, penso eu cá com os meus botões e deixo que sejam crianças.
Viro a página para os acontecimentos bons que estão por vir para o início da próxima semana.
Amanheci o dia com minha esposa cobrando conserto nos estragos no piso que a danada da cadela mais nova não cansa de escarafunchar.
Bom final de semana. Quem duvida!