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domingo, 29 de abril de 2012

Num domingo de outono

Hoje fiz minha caminhada matinal. O médico recomendou que eu a fizesse todos os dias. Hoje eu consegui. O tempo ajudou, amanheceu nublado e até agora está. Dia desses fui tirar uma fotografia para documentos. Renovação da carteira de habilitação. Emprestaram-me um paletó coletivo preto para sair bonito na foto, com mais cara de documento. Em poucos minutos a foto ficou pronta. Saí com um ar pálido, carregado, triste. Os cantos dos olhos caídos, tipo chapéu chinês. Cheguei em casa e caí na besteira de comparar a foto com a da habilitação antiga. Caraca! Onde terá ido meu sorriso? O que não nos provoca ficar anos e anos debaixo do arreio. Lembrei dos coitados dos diversos funcionários de obras que já contratei pela vida, muitos aparentam ser bem mais velhos que a idade destacada nos documentos. A dor da lida. O envelhecimento precoce. Admiro meus pais, os dois já passaram dos setenta anos e aparentam bem menos a idade que têm, continuam firmes e fortes e ainda trabalham muito. O trabalho quando é feito com prazer rejuvenesce, deve ser isso. É com o exemplo deles que sigo firme pela vida, lutando, lutando muito, dando cabeçadas, levando tombos, levantando dos tombos e caindo de novo por acreditar nas pessoas erradas que o destino me põe pelo caminho. Mas, procurando manter o mesmo vigor de sempre. Só que o corpo sente. Daí vem o médico e manda caminhar e caminhar e caminhar.

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