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sábado, 31 de março de 2012

O engenheiro e o poeta

Queridos leitores, peço primeiramente desculpas pelo tempo que daqui andei afastado, quase um mês.
Tempo de conflito entre o engenheiro e o poeta, mais do que natural.
Tenho dado peitadas ultimamente tentando me firmar como engenheiro sênior. E pode acreditar meu amigo leitor, é muito mais difícil do que quando saímos da faculdade.
Os cabelos branquearam, a barriga cresceu, mas a vontade de produzir, de dar conta do recado continua a mesma. Infelizmente o peso disso diante da concorrência parece ser nulo. A experiência não conta, os créditos obtidos durante a vida ativa não contam; currículo, é mais um papel arquivado nas pastas suspensas. O preço do concorrente é o que conta, é o que tem peso maior nas decisões.
Todos os dias vejo nos jornais que faltam engenheiros no Brasil. O momento é favorável. O crescimento previsto para o país projeta isso.
Uma corrida frenética de candidatos pipocam os vestibulares das ciências exatas.
Quando as coisas pareciam que melhorariam, inventaram um burocratês novo, a precarização do trabalho. Que por sinal, tem sido cruel na indústria da construção civil.
A terceirização no setor tem sido usada em sua forma mais cruel. Não sei onde isso vai dar.
Justo na hora em que fui me aventurar a subempreiteiro de obras.
O importante é não desanimar.
As obras estão aí sendo anunciadas a cada dia. Em Ituiutaba aproximadamente três mil casas serão iniciadas ainda esse ano. Novos loteamentos são apresentados até um dos maiores se chamará Nova Ituiutaba.
Enquanto isso, enquanto as obras maiores passam nas mãos dos concorrentes, vou conquistando novos clientes e fazendo obras diversas pensando em me firmar no longo prazo.
Por outro lado, alguns livros estão no prelo à espera de editoras.
Algumas estão insistindo para que eu publique na mesma forma do primeiro "Alcaçuz e Anis". Ainda não é hora. Vou esperar mais e ver no que vai dar. Diversifiquei os estilos tentando atender o mercado editorial. Tempo ao tempo.
Não quero mais bancar a publicação de um livro meu. Não quero e não posso.
E a vida não tem sido mais dura do que sempre foi comigo.
O problema está nos ciclos que não consigo fechar.
O poeta ainda falará.