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domingo, 30 de outubro de 2011

O Pan de Guadalajara

Último domingo de outubro. Mais tarde tem futebol.
Ontem assisti o futsal do meu filho, jogaram mal, perderam por 5x2.
Não tive ânimo para caminhar pela manhã; minhas cadelas aguardam no quintal; minha esposa zela da casa e das coisas; meu filho joga videogame na televisão.
Ouço música caipira, Rio Negro e Solimões; agora que entendi que são dois rios da Amazônia, anh! ranh! Música sertaneja é assim mesmo, a gente ouve mas não presta atenção, afinal, a dupla creio que é do Paraná mas tem nomes de rios do norte; tem um deles que é baixinho e feio pra caramba mas cantam muito, são bons.
Fiz uma faxina nuns papéis velhos, procurando um documento que por sinal não encontrei, a maioria contas pagas e juntei uns quilos de lixo. Encontrei um título de capitalização do meu pai feito a alguns anos, vale a pesquisa, quem sabe.
Pelos jogos Pan-Americanos em Guadalajara no México assisti o chocolate que Cuba deu no Brasil nos últimos dias dos jogos. Eles simplesmente fizeram 18 ouros no Atletismo, 8 no Boxe, 6 no judô e atropelaram o Brasil que vinha numa disputa bonita medalha a medalha. Mesmo assim o Brasil fez bonito e terminou em terceiro na colocação geral com 47 ouros, onze a menos que os cubanos. Esse resultado projeta para os Jogos Olímpicos de Londres ano que vem a melhor apresentação da nação tupiniquim na história dos jogos. Já com os olhos em 2016 no Rio.
Surpresa dos jogos foi a Record anunciar antecipadamente a transmissão exclusiva dos Jogos Pan-Americanos de 2019. Não se assuste não, prezado leitor, é isso mesmo: de 2019. Nem se sabe ainda em que país será disputado e já se sabe qual emissora terá os direitos exclusivos de transmissão. Algo de podre cheira no ar. Ou será o poder da fé.
Sou a favor de acabar com a exclusividade em transmissões de eventos desse porte.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Prudência e Bom Senso

A mente do ser humano é algo mesmo fantástico.
Num momento ela age de uma forma tão meiga, branda e benevolente, amiga. No outro imediatamente após, pode se tornar totalmente o oposto dadas as circunstâncias. Basta um pouco de reflexão e a certeza que existia antes, vai-se.

Engana-se quem acha que completamente conhece o outro.

Tem algo de nobre em aceitar nas pessoas as mudanças radicais de atitudes sem guardar ressentimentos, por mais que tais mudanças nos atinjam, numa primeira instância. Com o passar do tempo, acabamos entendendo e aceitando que em sua maioria essas mudanças repentinas acabam sendo para melhor.

É com atitudes assim que as pessoas se mostram melhor. O caráter vem à tona. E caráter, a gente traz do berço.

Um ciclo a menos deixou de ser aberto entre essas pessoas, um carma deixou de ser criado. Quando um ciclo é aberto, cria-se um carma entre as pessoas envolvidas e esse carma acaba atraindo um fluxo de energia negativa que só termina quando o esse ciclo é completamente fechado. Vi isso numa reportagem uma vez sobre uma tribo do sul da Argentina.

A vida é um abrir e fechar ciclos.

Por isso os momentos de fraquezas são perigosos. Eles nos levam a tomar atitudes impensadas e acabamos abrindo ciclos difíceis de serem fechados.
Cabe aí uma palavra feia: discernimento. Que nada mais é do que ser prudente. Pensar bem antes de tomar uma decisão.
A julgar pela palavra também feia, prudente, o melhor presidente dos que o Brasil já teve deveria ter sido o Presidente Prudente de Morais, o terceiro da República.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mesa do Editor

Registro o cadastro anual no www.mesadoeditor.com

Lá estão dois trabalhos à vista de editores e agentes literários:

- "Lago Místico" - contos

- "Magnífico Azul" - poemas

sábado, 15 de outubro de 2011

Um dia dos bichos

O gato caminha solene,
para, vira e olha pra cima.
O cavalo imponente, pasta,
levanta o pescoço e olha do lado.
O porco não olha para lado nenhum,
fuça e se chafurda.
Um cachorro dá o alarme,
corre, late forte
e é seguido pelos outros,
pode ter visto algum rato.
Lá nos fundos as galinhas ciscam
e vigiam os pintinhos
que aprendem a ciscar,
outra galinha canta firme
avisando que acaba de botar
e vigia os ovos do esperto teiú.
Mais à frente um bando de galinhas
pula e foge assustado,
deve ser alguma cascavel.
No pasto ao lado os carneiros
em sombras de mangueiras
se empanturram com o capim
triturado e esparramado no cocho.
Uma família de micos aparece barulhenta
saltando pelos galhos,
desce pelo abacateiro
e vai direto à cerca do curral
saborear pedaços de bananas
ali deixados com carinho.
Um bando de araras barulhento
se acampa nos coqueiros altos.
Um casal de tucanos exuberantes
voa só para embelezar a paisagem.
Pássaros não são vistos nas árvores,
mas o canto sim,
é ouvido em sintonia.
As vacas vão chegando no tempo certo
para a ordenha e também
fazer a festa dos bezerros.
que aguardam amontoados
no piquete ao lado.
Durante a ordenha
tudo vai se acalmando.
É final do dia.

Testes

É um teste a cada dia.
Força.
Acho que ainda tenho
e entusiasmo nunca me faltou.
As crises duram,
mas passam.
A minha,
parece que durará por toda a vida.
Mas a vida segue
e me renovo a cada manhã.

Guanandi

A semente do guanandi
parece uma gabiroba.
Seu tronco é grosso
e a casca também,
por isso os índios
deram-lhe o nome jacareúba,
costas de jacaré,
na língua deles.
Sua madeira é de lei,
vira móveis, tetos, pisos
e até embarcações.
É essa a árvore da montanha
que deu um galho
e uma folha
e uma flor
e um ninho
e um ovo
e um pássaro
e uma pena
e uma pluma
ai, ai, ai que amor de pluma.
Ai, ai, ai que amor de árvore.
Salve a jacareúba.

Sem comentários

Sem comentários.
Tá bom se não quer comentar não comente.
Mas depois não vá se arrepender.
A vida é cheia de vai e voltas
e recado é recado.
Ah! E cavalo dado não se olha os dentes.
Onde será que enfiei meu grampeador.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pudim do Wolne

Mãe o que vai nesse pudim? Vai leite condensado, vai leite de vaca, vai ovos, açúcar e água pra fazer a calda, mas o leite condensado tem que ser de latinha porque aquele de caixinha é mais ralo e fica muito mole o pudim. Agora entendo porque aqui nunca falta desse doce, é barato e o Wolne adora, cá pra nós, é muito bom mesmo, uma tentação que dá vontade de repetir sempre. Ontem a vasilha estava cheia e hoje com esse tantinho, sim mas não foi ele que comeu tudo não, teve visita aqui e eles comeram um pouco, ah sim. Quando faço uma dessas e fica só pra ele dura a semana toda na geladeira, o doce chega até a ficar mais duro por cima.

sábado, 1 de outubro de 2011

Chapéu Panamá

Um senhor aposentado com mais de oitenta anos saiu de casa naquele dia disposto a comprar um chapéu novo, porem não tinha dinheiro, mas foi assim mesmo confiando no seu talento, na loja fez brincadeiras com as atendentes e conquistou a simpatia delas, ele já era conhecido por ali, pois passava sempre por aquela avenida arrastando seu passo lento, a moça que o atendeu encheu o balcão com vários modelos, indicou com o dedo outros expostos numa estante de vidro, ele experimentou alguns e acabou ficando com um chapéu de palha tipo panamá, um modelo muito requisitado por sua beleza e durabilidade e saiu feliz pois conseguiu realizar o negócio com sua lábia e simpatia informando que um sobrinho seu que recebia e administrava o seu benefício efetuaria o pagamento, só foi procurar o sobrinho no outro dia pela manhã, com o chapéu na cabeça e todo cheio de razão: fiz um compromisso para tal dia e preciso de tantos dinheiros, mas como, baseado em quê o senhor foi fazer uma doideira dessas, ora, baseado no meu dinheiro, que dinheiro, será que o senhor até hoje ainda não entendeu que o seu benefício não dá nem para pagar a acompanhante que zela do senhor, que o restante venho pagando desde que o senhor voltou pra cá e agora o senhor ainda faz compras fiado contando com um dinheiro que não tem, e quem é esse doido que vendeu fiado para o senhor, o mesmo que vende pra você, mas só me faltava essa mesmo, eu não compro fiado em lugar nenhum então esse mesmo vendedor que não me vende fiado vai pagar essa conta, o senhor não entende a situação está difícil, é complicado, o dinheiro que entra mal dá para a comida e ainda estou arcando com as contas de água e luz e farmácia, não temos dinheiro para esses seus rompantes de arrogância, vê se toma tenência e não faça mais isso, e que loja foi essa, aquela onde era a filial da sapataria, sim sei, agora entra aí no carro que vou te levar em casa e o senhor veio a pé numa distância dessas, quer ir ao banheiro, um copo d’água, não, então vamos e porque o senhor está com essa roupa suja, é porque trabalhei, sim mas podia ter trocado e colocado pelo menos uma camisa limpa, deixa pra lá, e a chave da casa, tá no bolso, então vamos embora.

Obs: essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos da realidade terá sido mera coincidência.