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domingo, 11 de novembro de 2012

QUEEN

Assisto pela televisão um show do QUEEN. Apesar de minha esposa tentar dormir, quando tocam uma música que conheço ponho no máximo volume. Eles têm uma magia forte. Me faz lembrar coisas boas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Meus dois irmãos

Colocamos flores no túmulo dos meus irmãos Wolne e Zezeca. Fomos eu e minha mãe. Ela fez uma limpeza em volta e juntou o lixo numa sacolinha plástica, não sem resmungar qualquer coisa baixinho porque lhe fora garantido que encontraria tudo limpo. Enquanto isso eu olhava meus irmãos lá, sérios em suas fotos fixas na lápide. Um amigo do Wolne passou e disse que não sabia que ele havia morrido. Ficamos um pouco ali, mudos, minha mãe observava tudo e do jeito dela se fazia de durona. Depois disse que o jazigo pode ser aumentado para cima porque nele só tem mais uma vaga. Ela ficou sabendo disso quando foi fixar a lápide do Wolne, foi também quando lhe prometeram sobre a limpeza no dia de finados. O Wolne morreu dia 13 de junho de 2012, portanto há menos de cinco meses. O Zezeca morreu em 16 de fevereiro de 2010. No mesmo jazigo também estão os restos mortais dos meus avós paternos. Saímos dali e fomos depositar flores no túmulo dos pais de minha mãe onde também fora sepultada a Tivica, minha tia Eternitiva Alan. Fiquei chateado ao ver a simplicidade do túmulo, sem nenhuma placa, nenhuma identificação. Minha mãe prometeu que vai cuidar disso coitada. Ela também disse que vai tentar transportar os restos mortais da tia Luzia, sua querida irmã, para junto dos pais. Ela foi sepultada no cemitério novo, o Parque da Saudade. Deve ser permitido, pensei. Foi a primeira vez que vi o túmulo de meus avós maternos. Foi a primeira vez que fui ao cemitério num dia de finados. Cemitério São José, um lugar a ser visitado, um lugar de paz. Voltarei outras vezes para rever meus dois irmãos, saudar seus semblantes, contar as novidades, ou mesmo somente bater um papo, o que pouco fiz quando ainda eram vivos. Meus dois irmãos... descansem em paz.

Puro Charme

Quero viajar. Não precisa ser para longe. Um riacho aqui do lado serve. Só preciso mudar de ares por um período. Que pode ser até curto. Não pretendo ir sozinho. A companhia quando é boa faz agradar o dia. Levarei minha família. Daqui uns tempos sabe-se lá se eles irão comigo. Estarei fora dos seus planos. Com os anos, naturalmente, vamos ficando menos agradáveis. Tento dar o melhor de mim, sempre. Espírito jovem e desarmado. Cabelos brancos é puro charme.

Fio da Meada

Perdi o fio da meada. Cortei as unhas. Saudei feliz minhas cadelas que agradeceram contorcendo o rabo. Será o benedito! Minha esposa fez frango, jantamos. Inicia-se um feriadão. Sem viagens. Meu time segue em derrotas. Um hipermercado se ergue onde estudei um dia e dizem inaugurá-lo ainda esse ano. A cidade ganhará. Ruas são embelezadas, praças melhor iluminadas, esquinas sinalizadas... à espera de novos viajores. Tento iniciar alguns apartamentos, o cliente decidirá. Um tio octogenário ficou três horas sobre a mira de um revólver. Resolveram tudo e ele saiu na televisão, que o assaltante exigiu presença. Espero que meu tio, passado o susto, fique bem. As primeiras máquinas de fabricar tecidos puxavam um fio que era colocado à mão.