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domingo, 6 de março de 2016

As Travessuras de Tonhola - O Acampamento

O grupo de escoteiros programou um acampamento numa fazenda.

Os meninos foram orientados a pedirem autorização por escrito aos pais porque passariam algumas noites no acampamento, a previsão inicial era de uma semana.

Tonhola não podia ficar de fora de um evento desses.

Para animar a meninada, o acampamento foi dividido pelo chefe em duas turmas, cada turma tinha uma cor diferente, uma azul e outra laranja.

O acampamento era tipo militar, com barracas de lona, alinhadas em duas filas, uma de frente para a outra. As barracas eram pequenas, para duas pessoas e foi feito tudo de forma organizada, até torre de observação fizeram, uma para cada turma e os vigias se revezavam nas torres por vinte e quatro horas.

Tonhola ficou na barraca com um menino de nome Geraldo, uns três anos mais velho que ele, o que naquela idade, fazia muita diferença. Geraldo acabou sendo uma das atrações do acampamento.

O local escolhido era próximo a um ribeirão, que numa curva tinha um poço fundo e nele todos se divertiram. Depois do poço tinha uma queda d'água pequena, cujo barulho das águas dava para se ouvir das barracas. Bem, quase todos se divertirão no ribeirão.

De ruim no acampamento foi a comida. Arrumaram um cozinheiro que era triste. A comida era muito salgada e quase sempre servida antes de ficar totalmente pronta.

Às noites, era feita uma fogueira, as turmas eram reunidas e era formado em sua volta o "círculo do conselho". Ali os meninos recebiam instruções, broncas, tarefas e alguns dos meninos apresentavam suas habilidades e também faziam suas queixas. Foi numa dessas apresentações que Tonhola e os demais se surpreenderam com seu colega de barraca, o Geraldo, que apresentou um número circence de um engulidor de fogo e foi muito aplaudido. Ele conseguia encher a boca com álcool e com uma tocha de fogo nas mãos cuspia o álcool sobre a tocha, num perigoso e surpreendente espetáculo. No final deu tudo certo.

Foram muitas apresentações, muitos causos, a maioria de monstros e assombrações. Numa dessas noites o cozinheiro inventou de pegar um lençol, se cobrir com ele, acender uma lanterna embaixo do queixo e aparecer do nada na escuridão assustando a todos.

Durante o dia eram várias as tarefas e brincadeiras que tomavam o tempo da meninada. Essas tarefas iam somando pontos e no final do acampamento, uma das turmas sairia vencedora. A brincadeira mais valiosa era a caça ao tesouro. Os monitores, cada um de sua turma, saiam pela mata próxima ao acampamento amarrando o mesmo número de fitas para serem encontradas pelos meninos da outra turma e vice-versa; os da cor azul procuravam as fitas da cor laranja e os da cor laranja procuravam as fitas de cor azul, quem encontrasse primeiro todas as fitas ganhava a prova. No desenrolar da brincadeira encontraram um tamanduá bandeira e longe dos monitores, deram um jeito de matar o bicho. Uma lástima. Arrastaram o animal para o acampamento e o cozinheiro todo cheio de si, disse que podiam deixar que ele sabia preparar. Naquela noite, jantaram o tamanduá. Tonhola pegou só um pedacinho da carne para experimentar, já conhecedor do delicado estômago que tinha. Ele se animou só de curioso, para conhecer a iguaria, afinal, se estavam todos comendo ele também podia. A carne se desmanchava na boca como se fosse algodão doce. Bah! Não deu para comer.

Aquele feito antecipou o final do acampamento. O fazendeiro, ao saber do tamanduá, ficou uma arara, deu uma tremenda bronca no chefe dos escoteiros e deu ordens para desmontar o acampamento.

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