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segunda-feira, 21 de março de 2016

As Travessuras de Tonhola - O Sol na Arquibancada

Domingo era dia de futebol no campo da cidade e o Alfredo quis levar os meninos e chamou também o Tonhola.

Era um jogo contra um dos times grandes da capital. O jogo do ano para a cidade e região.

Chegaram cedo para conseguir lugar na arquibancada. Todos foram acomodados. O jogo seria no período da tarde, estava um sol de rachar mamona e o calor era insuportável.

Lotou a arquibancada em pouco tempo. Alfredo, já preparado, levou um guarda-chuva preto, grande para os dias de chuva, mas que quebrava um tremendo galho fazendo uma sombra que protegia ele e os três garotos.

Antes do jogo, sem problemas. Foi só o jogo se iniciar e começaram os gritos de quem estava sentado atrás para que baixasse o guarda-chuva. Atiraram bagaços de laranja e o Alfredo, atento ao jogo, fazia de conta que não era com eles.

Passados alguns minutos sob aquela pressão, não teve jeito, o guarda-chuvas teve que ser recolhido e dá-lhe sol na cabeça, que já estava quente.

O time da casa perdeu, claro. O jogo foi duro. Mas aquela gritaria enfurecida da torcida para o guarda-chuva ser guardado, ficou na memória do nosso amigo. Por alguns instantes ele chegou a sentir medo.

Foi a primeira mostra que ele teve, ainda em criança, de como uma torcida organizada em grupo pode provocar horrores.

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