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segunda-feira, 7 de março de 2016

As Travessuras de Tonhola - Passeio na Represa

Joacir convidou Tonhola para um passeio na represa, no sábado, após o final do expediente na mercearia. A represa ficava nos arredores da cidade e dava para ir a pé mesmo.

Tonhola ficara encarregado de chamar os outros colegas. Napoleão, Erasmo e Garibaldo toparam. Marcaram de se encontrar após o almoço em casa de Dona Rica. Quando Joacir chegou, saíram com a recomendação de Dona Rica de não voltarem muito tarde, ela fez questão de sair lá fora e falar diretamente ao Joacir, que era o mais velho e que portanto, ela esperava que tivesse mais juízo. Sim senhora, pode ficar sossegada.

E partiram se divertindo rua afora. Tonhola não sabia nadar, os outros quatro sabiam, o pior deles era o Erasmo, mas mesmo assim, disse que já havia atravessado a represa nadando.

Na empolgação, não demorou muito e lá chegaram. A represa tinha uma casinha de madeira com telha de barro, que ficava bem antes do meio dela, a poucas braçadas da margem. Rapidamente os meninos se atiraram na água e nadaram até a casinha. Tonhola ficou de fora observando. Tomou coragem e entrou na água caminhando rumo à casinha, deu pé até certo ponto, faltando ainda alguns metros ele não alcançava mais o pé no chão, mas com a água no queixo, tomou coragem, se atirou, incentivado pelos colegas, deu algumas três braçadas desajeitadas e alcançou o madeiramento da casinha. Ufa! Respirou fundo buscando o fôlego por alguns minutos. Ficou por ali sobre o tablado de madeira, um palmo e pouco acima do nível da água, vendo os colegas se divertirem. Joacir era o que ia mais longe, nadava com braçadas largas e ia de um lado e de outro demonstrando suas habilidades. Os outros ficavam por ali, subindo no tablado e mergulhando na represa. Tonhola quieto no seu canto. Mas ele tinha motivos para agir assim. Era um trauma de quando lhe puxaram o pé num poço de cachoeira e ele se afogou, o que veremos ainda noutro episódio.

Chegada a hora de voltar, quem disse que Tonhola entrava na água. O menino travou. Todos voltaram e ele ficou lá no tablado com o maior medo de se afogar, pensando, vai que me lanço na água consigo dar três braçadas, busco o chão com o pé e não encontro, tô fora.

Foi salvo pelo zelador da represa que o buscou de canoa.

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