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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

As Travessuras de Tonhola - O Desfile

Em todos os anos, nas datas cívicas de independência e aniversário da cidade, a prefeitura organizava o desfile comemorativo pelas ruas. Participavam as escolas com a maioria dos alunos e professores, a polícia militar, o tiro de guerra, o grupo de escoteiros, a banda de música e também algumas das máquinas da prefeitura. Naquela época ainda não tinha corpo de bombeiros.

A maioria das escolas tinha sua fanfarra, seus carros alegóricos, cada qual mais enfeitado que o outro e os alunos desfilavam uniformizados de forma muito ordenada em fileiras se arrastando pelas ruas.

Tonhola fora escolhido para desfilar com uma fantasia de índio num carro alegórico da escola. A fantasia era botar o menor calção de banho possível; algumas penas amarradas nos punhos; uma pintura vermelha no rosto e no peito, que a professora fez com os dedos breados numa tinta lavável; e pra finalizar, na cabeça, um cocar improvisado que teimava em cair, ele teve que ficar segurando o cocar por todo o trajeto. O menino se sentiu abestalhado, muito envergonhado de desfilar quase pelado para aquela multidão que das calçadas aplaudia. Principalmente quando vinha da platéia aquele grito indígena colocando a mão na boca. Que ódio!

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