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sexta-feira, 8 de abril de 2016

As Travessuras de Tonhola - O Disparo do Cavalo

Num domingo, Tonhola foi com Leopoldo e Joacir passear numa chácara perto da cidade, dava para ir a pé de tão perto. Foram de caminhonete com outros garotos, amigos de Leopoldo. Entre eles, duas garotas, uma delas era prima de Leopoldo e morava noutra cidade, a outra era uma amiga que a acompanhava.

A prima de Leopoldo era gordinha e queria que queria andar a cavalo, desde que subiu na carroceria da caminhonete, ela não falou em outra coisa.

Na chácara tinha um cavalo, um pangaré que passava os dias tranquilo pastando, sem muito esforço, o chão era pequeno e por isso seus serviços eram raramente solicitados.

Assim que chegaram, foram buscar o pangaré para a menina cavalgar, agora imaginem só, um pangaré que vivia naquela maciota diária, como que ficou, com aquele alvoroço de gente agitada à sua volta, o bicho ficou todo agitado também e não podia ser diferente, mas conseguiram arreá-lo e depois foi uma luta para a menina montá-lo, gordinha e pesada, ela não tinha altura suficiente e trouxeram uma cadeira de madeira para ela subir, na primeira tentativa não deu certo, o pangaré não ficava quieto e seguraram a menina para ela não cair, tentaram de novo segurando mais firme o coitado do pangaré, até que deu certo, ufa, a menina conseguiu montar e o bicho sentiu o peso da amazona, aquilo não estava certo, assim que soltaram a rédea na mão da menina, o pangaré se sentiu solto, deu um relincho tipo como se tivesse atendendo a um grito de aiôusilver e saiu em disparada com a menina em cima e o cavalo corria e era menina gordinha pra lá e era menina gordinha pra cá e o pangaré corria em disparada alucinada e o corpo da menina era atirado para um lado e para o outro no arreio surrado mas ela com as mãos firmes na rédea por um verdadeiro milagre de um deus separado que protege as crianças e as meninas gordinhas que montam em cavalos estranhos a menina não caiu para um alívio muito grande da moçada que de longe observava apreensiva e já começava a preparar o motor da caminhonete para sair correndo direto para o hospital mais próximo porque naquela época ainda não tinha pronto socorro na cidade, ufa de novo, respiremos, por sorte, nada aconteceu, o pangaré cansou com o excesso de peso que carregava aliado à sua má preparação física e voltou bufando e com a língua de fora e trouxe a assustada menina de volta sã e salva. Aquela deve ter sentido dores no corpo todo por muitos dias e certamente não mais ia querer saber de cavalgadas.

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