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quarta-feira, 6 de abril de 2016

As Travessuras de Tonhola - Cabras

Certa vez Tonhola foi com os primos Aramís e Aroldo passar uma semana, durante as férias escolares do início do ano, numa fazenda que era de um primo de Dona Rica.

O primo mesmo não estaria na fazenda, o gerente, que tinha assuntos a realizar na cidade, fora orientado a avisar Dona Rica para preparar os meninos que ele passaria para pegá-los no outro dia bem cedinho e que no início da outra semana os traria de volta.

Dona Rica estava muito apreensiva em permitir, mas seu filho Alfredo deu a palavra final permitindo que os filhos fossem, o que facilitou para Tonhola também ir.

A fazenda era distante meio dia de viagem, numa caminhonete com capota de lona, os meninos foram na carroceria porque naquele tempo era permitido.

Chegaram debaixo de um tempo chuvoso.

Acomodados, não tinha mais crianças na casa. Só um casal de idosos que tomava de conta. O gerente, que levou os meninos morava em outra casa, mais distante e não tinha filhos, era somente ele e a mulher, que aliás, quase nunca saia de casa.

A fazenda era de criação de gado. Tinha um curral enorme, muito bem feito com mourões de madeira e cabos de aço no lugar das tábuas convencionais. Os cabos estavam novinhos, devia ser um curral novo.

Além do gado na fazenda também tinha uma criação de cavalos e de cabras, muitas cabras.

Num dia também chuvoso, caia uma garoinha fina o bastante para não desanimar os meninos que saíram bem cedinho e foram por uma estradinha sinuosa caminhando até uma barragem, orientados pelo caseiro, é só seguir direto que vocês chegam na barragem, mas não demorem, voltem antes do almoço, recomendou.

No caminho os meninos ficaram espantados com a quantidade de cabras.

De longe viram o gerente a cavalo cuidando de algumas que pariram naquela manhã. Ele veio até os meninos e disse que estavam esperando que muitas delas parissem por aqueles dias. Dito e feito. Na volta para casa passaram por outras em trabalho de parto e ficaram de longe. Era muita cabra parindo.

Choveu praticamente todos os dias em que estiveram na fazenda e pariram cabras também em todos os dias.

Chegado o dia da volta, um imprevisto fez o gerente levá-los até a estrada de terra que passava pela fazenda e eles voltaram de ônibus. Viagem que também foi uma diversão, estrada de terra, muita chuva e atravessaram o rio numa balsa, ficaram com muito medo quando o ônibus foi descer a rampa do barranco escorregadio para entrar na balsa, eles não queriam sair do ônibus, mas o motorista, depois de estacionar na balsa, convidou todos a sair e ficar do lado de fora do ônibus durante a travessia, por segurança, mesmo debaixo de uma garoa fria.

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