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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

As Travessuras de Tonhola - Queda do Telhado

Dona Rica tinha em seu quintal uma pequena criação de galinhas. O galinheiro fora muito bem feito por seu filho e um amigo carpinteiro que deram duro num sábado inteiro. Tonhola ajudava a avó na criação das penosas: jogava milho, colocava água no pneu velho recortado que servia de bebedouro, recolhia os ovos, chô , chô, limpava o piso e ele até que se divertia com aquelas simples tarefas. O que ele menos gostava era de limpar o esterco da galinhada, mas, fora isso, até que ele era um bom menino na lida com as criações domésticas.

Certo dia ele brincava de se esconder com alguns amigos. Brincadeira divertida que a criançada adorava. Numa das vezes em que ele fora se esconder, quis dar uma de esperto, como sempre, e tapear o restante da molecada. Inventou de subir no telhado do galinheiro e se esconder num pé de romã que ficava ao lado do muro, divisa com a casa do vizinho. Com o auxilio de um toco de madeira apoiado na parede do galinheiro ele esperou o moleque da vez iniciar a contagem com os olhos vendados, para que os demais se escondessem e de um salto rápido subiu no telhado, começou a andar em cima das telhas para alcançar o pé de romã, não deu outra, as telhas frágeis de fibrocimento, não aguentaram o seu peso e ele se arriou sobre o poleiro das penosas. Teve muita sorte, caiu de pé, encavalado sobre um caibro de madeira, que servia de poleiro, com altura um pouco menor que as suas pernas, se ele fosse mais baixo teria arrebentado as partes, teve somente um arranhão no lado interno da coxa direita, menos mal, mas o susto foi tremendo e o barulho assustador; sem contar o prejuízo, com o tremendo barulho, a coitada da avó saiu correndo de dentro de casa apavorada para ver o ocorrido. Tonhola estava branco de susto, dois garotos o olhavam por cima do muro naquela embrulhada na qual se metera. Quando viram a avó se aproximando, os moleques deram no pé. Tonhola, muito assustado, quando deu por si de que não havia se machucado com maior gravidade, e já com as penas das galinhas se assentando, passado o alvoroço do susto, tratou de ir saindo logo dali para ver o tamanho do estrago que acabara de fazer. Fora do galinheiro e ainda com as pernas trêmulas ele só conseguia pensar no tamanho da bronca que o tio não lhe daria. Dona Rica, depois de visto o estrago e de se certificar que o moleque estava bem, teve vontade de arrancar-lhe as orelhas, mas, avó é avó e aliviada, mandou o moleque direto para o chuveiro.

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