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sábado, 22 de junho de 2019

As Travessuras de Tonhola - Faca de ponta no balanço

Menino quando nasce sapeca e cresce sapeca apronta sempre alguma.
Certa vez Tonhola foi passear numa fazenda com Dona Rica.
Era uma fazenda antiga e sobre um gigante pé de jatobá tinha um balanço de cordas muito alto. O balanço eram duas cordas grossas e uma tábua larga e também grossa com dois furos laterais por onde a corda passava. A tábua era um assento que dava para duas crianças balançarem.
Um rapaz, ajudante na fazenda, ficava por ali cuidando do pomar.
Tonhola chupava umas laranjas descascando com uma faca afiada que lhe arrumaram.
O rapaz, pouco mais velho que Tonhola, se aproximou e perguntou se ele gostaria de brincar no balanço.
Claro! Respondeu, que criança não gosta né?
Sem saber o que fazer com a faca, levou junto e a colocou sobre a tábua e sentou em cima. O rapaz começou empurrando o balanço devagar e aos poucos foi aumentado a força e o menino indo cada vez mais alto.
Tonhola se divertiu e foi gostando mais e rindo alto e pedindo para empurrar cada vez mais alto e a empolgação foi tanta que ele se esqueceu da faca e a faca começou a balançar também e lá pelas tantas numa fatalidade sem explicação que só acontece com crianças sapecas a faca lhe fez com a ponta afiada um estrago na busanfa com um corte pequeno mas profundo que não chegou a sair sangue mas que provocou muita dor e o menino gritava e para para e para e o rapaz ficou muito assustado e tratou de dar logo o pé dali pensando com seus botões que merda era aquela que tinha feito e que aquilo ia acabar sobrando pra ele e que o belo do emprego que seu tio havia lhe conseguido com tanto empenho podia estar indo para as brecas e correu dali e ouviu de longe quando a avó do menino ao ouvir os berros conhecidos foi gritando acudir o neto e que se acalmou quando viu que o estrago não era tão grande assim mas que merecia cuidados e levou o moleque pra dentro e a dona da casa se culpando por ter arrumado aquela faca afiada ao moleque e ao mesmo tempo gritando pelo rapaz que havia se escafedido e também gritando mais alto ainda para ele ouvir você ainda me paga você vai ver quando o meu marido voltar do campo e aos poucos Tonhola foi se acalmando e parou de chorar e sua a avó improvisou um curativo e foram embora mas a cicatriz ficou registrada na busanfa.

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