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sábado, 11 de maio de 2019

As Travessuras de Tonhola - Fucinhada

Naquela época os quintais das casas eram grandes e cada qual tinha sua história.
Não faltavam galinhas e porcos em quase todos, era permitido.
Certa vez nosso amigo Tonhola foi com um colega acompanhá-lo no trato das crias.
O cercado improvisado do chiqueiro ficava no fundo do lote e era um amontoado de tabocas de bambu e restos de tábuas de construção amarrados na vertical num emaranhado de arames farpados enferrujados de tal maneira que os porcos ficavam ali presos. Tinha uma porca parida de novo com uma grande ninhada. O menino entrou na frente conversando com o nosso amigo que vinha logo atrás, curioso e dos mais inocentes, sentindo aquele cheiro de porco e sujando os pés naquele piso de porco, tão distraído que não percebeu a fúria da fêmea do cachaço que correu em sua direção. O menino do trato ela já conhecia e estava acostumada, mas o estranho! A porca foi com tudo pra cima e tentou dar-lhe uma bocada na altura da testa, o focinho avantajado e a força descomunal chegou na frente da bocada, nosso amigo foi lançado ao chão de porco. Por muita sorte, pois dizem que tem um Deus separado para as crianças, certamente o de Tonhola estava atento naquele dia e guiou o pai do menino que acompanhava atento da varanda; de lá mesmo ele gritou com a porca que assustada se afastou e deu tempo dele em disparada socorrer o menino todo assustado e lambuzado no chão, sem nenhum arranhão.

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