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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pagode da Morena

Foi no Guará II, cidade satélite de Brasília, num bairro simples onde alugamos uma casa para servir de alojamento do pessoal da administração, apontador, almoxarife, encarregados, acho que seis ao todo moraram lá.
No final do expediente, geralmente uma vez por semana, fazíamos um churrasquinho acompanhado por um belo pagode. Como um dos chefes da turma eu ia para dar apoio moral, e, adorava. Um dos Carlos da turma, eram dois, tocava pandeiro muito bem e puxava o coro, compramos zabumba e reco-reco, os outros rascunhávamos algum acompanhamento. Quanto mais cerveja, melhor ficava o acompanhamento.
A obra naquela época era no plano piloto, bem no centro da cidade. Num belo dia conheceram umas meninas no ônibus de volta para casa e elas aceitaram o convite para participar da festinha.
Eram umas cinco colegas. Uma delas ficará para sempre em nossa memória. Não era a mais bonita nem a mais atraente. Mas dançava. Ah! como dançava. Ela fechava o pagode em torno dela. Ia para o centro da sala enquanto em volta todos admiravam e cantavam e tocavam. A menina conseguia com a maior naturalidade mexer o corpo todo com uma harmonia encantadora. Nunca mais vi ninguém dançando daquele jeito.
Conheci uma rádio só de pagode e me veio na lembrança essa garota.
Bons tempos.

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